Dominique Strauss-Kahn monta equipe para 'contra-atacar'
Time pretende administrar caso na Justiça dos EUA e limpar imagem do político na França
Strauss-Kahn em audiência sobre a acusação de crimes sexuais (Andrew Gombert/EFE)
Em meio a um bombardeio legal e midiático, o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, decidiu montar um time para contra-atacar. Ele está reunindo investigadores, espiões aposentados e consultores midiáticos para rebater as acusações de que teria abusado sexualmente da camareira de um hotel em Nova York. A missão da equipe: administrar o caso na Justiça americana enquanto recupera a imagem do político francês em sua terra natal.
O pessoal consultado ou contratado até agora inclui ex-agentes da CIA, investigadores criminais experientes de Nova York e alguns dos nomes mais proeminentes em relações públicas do mundo francófono. Strauss-Kahn, que atualmente cumpre prisão domiciliar em uma residência de luxo em Nova York, responde, entre outros, pelos crimes de tentativa de estupro e abuso sexual.
O time - O grupo que cuidará das questões legais será liderado pelo advogado Benjamin Brafman, conhecido por sua agressividade. Em Washington, a equipe está prestes a contratar os serviços da TD Internacional, uma empresa pouco conhecida que oferece “aconselhamento estratégico”, serviços investigativos e de relações públicas. Ela é administrada por ex-membros da CIA e diplomatas americanos aposentados. Strauss-Kahn já contratou a corporação anteriormente, em 2007, para conduzir uma campanha específica de relações públicas mirando a chefia do FMI – que foi alcançada mais tarde. O contrato envolvia a cifra de 20.000 euros. Não se sabe exatamente qual será o papel da TD Internacional, mas ela deve ajudar o político a recuperar sua fama internacionalmente.
Em Nova York, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, foi contratada uma renomada companhia especializada em casos criminais, a Guidepost Solutions. Seu diretor, Bart Schwartz, é o antigo chefe da dividão criminal do escritório da Procuradoria de Manhattan. Suspeita-se que essa empresa trabalharia na apuração de mais informações sobre a acusadora de Strauss-Kahn.
Em Paris, a equipe de Strauss-Kahn ouviu, pelo menos informalmente, afiliados ao Euro RSCG, um dos melhores grupos de serviços de relações públicas da França. Stephane Fouks, Anne Hommel, Gilles Finchelstein e Ramzi Khiroun (todos ex ou atuais executivos do alto escalão da Euro RSCG) são apelidados pela imprensa francesa de “os quatro mosqueteiros” e já trabalharam com Strauss-Kahn em 1999. A empresa, contudo, negou envolvimento com o caso.
(Com agência Reuters)
